O dia 18 do mês de abril é tido como o Dia do Livro Infantil e, também, por feliz coincidência, o Dia do Livro Espírita.
No último 18 de abril, O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, base do edifício doutrinário, completou 154 anos de existência*.
Torna-se oportuno, pois, uma reflexão sobre o livro.
O livro, o bom livro, tem sido, desde Gutemberg, a maior fonte de conhecimento, de cultura.
Não obstante a grande contribuição da informática, em todos os níveis (cinema, televisão, computador, etc.), o bom livro continua sendo o ás da informação, da disseminação de conhecimento.
Daí a enorme responsabilidade do escritor.
No que diz respeito ao livro espírita, diz-se que tem vindo a lume uma verdadeira avalanche de livros de má qualidade, repetitivos, fracos de conteúdo e pobres de forma.
Não há dúvida de que tem sido assim mesmo.
Porém, nada se pode fazer para estancar tais fontes, de vez que a liberdade de pensamento e de opinião é uma das garantias inscritas em nossa Carta Constitucional.
Só resta um meio para, pouco a pouco, solucionar, ou amenizar, pelo menos, esse grave problema: a conquista de conhecimento básico da Doutrina Espírita, que somente se adquire através do estudo do pentateuco kardequiano**.
À medida que o leitor for se inteirando dessas bases, irá adquirindo condições de selecionar suas leituras, sendo o censor de si mesmo, liquidando o risco, com o tempo, de tomar gato por lebre.
A respeito desta importante questão, a Dra. Marlene Rossi Severino Nobre, da Associação Médico-Espírita do Brasil e diretora da Folha Espírita, de São Paulo, fez a seguinte pergunta ao Chico [Xavier]:
Tem surgido muitas obras no movimento editorial espírita, de cunho psicográfico, que não são de boa qualidade e às vezes até conflitantes com determinados ensinamentos. Não há nada que se possa fazer?
Eis a resposta:
Não, porque eu acho que isso é um mercado. Cada lavrador leva ao mercado a produção que ele consegue obter da terra! Agora, o consumidor é que vai dizer, não é mesmo?
Livro: O Apóstolo do Século XX – Chico Xavier
Weimar Muniz de Oliveira
FEEGO – Federação Espírita do Estado de Goiás
Notas de Fernando Peron (março de 2011):
(*) – A presente obra foi lançada em 2001, quando, de fato, completava-se 144 anos do lançamento de O Livro dos Espíritos – ocorrido, portanto, em 1857 (Paris, França).
(**) – São consideradas o pentateuco kardequiano as cinco principais obras de Allan Kardec: 1. O Livro dos Espíritos; 2. O Livro dos Médiuns; 3. O Evangelho Segundo o Espiritismo; 4. O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo e 5. A Gênese, os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo.