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{"id":3340,"date":"2012-08-23T15:54:47","date_gmt":"2012-08-23T15:54:47","guid":{"rendered":"http:\/\/aela.pt\/?p=3340"},"modified":"2012-08-23T15:57:53","modified_gmt":"2012-08-23T15:57:53","slug":"a-sensacao-nos-espiritos","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/aela.pt\/a-sensacao-nos-espiritos","title":{"rendered":"A sensa\u00e7\u00e3o nos esp\u00edritos"},"content":{"rendered":"

Ensaio Te\u00f3rico Sobre A Sensa\u00e7\u00e3o Nos Esp\u00edritos<\/p>\n

(…)<\/p>\n

Os sofrimentos deste mundo decorrem, \u00e0s vezes, de nossa pr\u00f3pria vontade. Remontando \u00e0 origem, veremos que a maioria s\u00e3o conseq\u00fc\u00eancia de causas que poder\u00edamos ter evitado. Quantos males, quantas enfermidades o homem deve apenas aos seus excessos, \u00e0 sua ambi\u00e7\u00e3o, \u00e0s suas paix\u00f5es, enfim? O homem que tivesse vivido sempre sobriamente, que n\u00e3o houvesse abusado de nada, que tivesse sido sempre de gostos simples e desejos modestos, se pouparia de muitas tribula\u00e7\u00f5es. O mesmo acontece ao Esp\u00edrito: os sofrimentos que ele enfrenta s\u00e3o sempre conseq\u00fc\u00eancia da maneira por que viveu na terra.\u00a0 N\u00e3o ter\u00e1, sem d\u00favida, a gota e o reumatismo, mas ter\u00e1 outros sofrimentos que n\u00e3o ser\u00e3o menores.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

J\u00e1 vimos que esses sofrimentos s\u00e3o o resultado dos la\u00e7os que ainda existem entre o Esp\u00edrito e a mat\u00e9ria. Que quanto mais ele estiver desligado da influ\u00eancia da mat\u00e9ria, quanto mais desmaterializado, menos sensa\u00e7\u00f5es penosas sofrer\u00e1. Depende dele afastar-se dessa influ\u00eancia, desde esta vida, pois tem o livre-arb\u00edtrio e por conseguinte a faculdade de escolha entre o fazer e o n\u00e3o fazer. Que dome as suas paix\u00f5es animais; que n\u00e3o tenha \u00f3dio, nem inveja, nem ci\u00fame, nem orgulho; que n\u00e3o se deixe dominar pelo ego\u00edsmo; que purifique sua alma, pelos bons sentimentos; que pratique o bem; que n\u00e3o d\u00ea \u00e0s coisas deste mundo sen\u00e3o a import\u00e2ncia que elas merecem; e, ent\u00e3o, mesmo sob o seu envolt\u00f3rio corp\u00f3reo, j\u00e1 se ter\u00e1 purificado, desprendido da mat\u00e9ria, e quando o deixar, n\u00e3o sofrer\u00e1 mais a sua influ\u00eancia. Os sofrimentos f\u00edsicos por que tiver passado n\u00e3o lhe deixar\u00e3o nenhuma lembran\u00e7a penosa; n\u00e3o lhe restar\u00e1 nenhuma impress\u00e3o desagrad\u00e1vel, porque estas n\u00e3o afetaram o Esp\u00edrito, mas apenas o corpo; sentir-se-\u00e1 feliz por se ter libertado, e a tranq\u00fcilidade de sua consci\u00eancia o afastar\u00e1 de todo sofrimento moral.<\/p>\n

Interpelamos sobre o assunto milhares de Esp\u00edritos, pertencentes a todas as classes sociais, a todas as posi\u00e7\u00f5es. Estudamo-los em todos os per\u00edodos da vida esp\u00edrita, desde o instante em que deixaram o corpo. Seguimo-los passo a passo na vida de al\u00e9m-t\u00famulo, para observar as modifica\u00e7\u00f5es que neles se operavam, nas suas id\u00e9ias, nas suas sensa\u00e7\u00f5es. E a esse respeito os homens vulgares n\u00e3o foram os que nos forneceram menos preciosos elementos de estudo. Vimos sempre que os sofrimentos est\u00e3o em rela\u00e7\u00e3o com a conduta, da qual sofrem as conseq\u00fc\u00eancias, e que essa nova exist\u00eancia \u00e9 uma fonte de felicidade inef\u00e1vel para aqueles que tomaram o bom caminho. De onde se segue que os que sofrem \u00e9 porque assim quiseram, e s\u00f3 devem queixar-se de si mesmos, tanto no outro mundo quanto neste.<\/p>\n

Allan Kardec<\/p>\n

Do Livro dos Esp\u00edritos, item 257<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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