<\/a><\/p>\nO Comandante Darget, cujas experi\u00eancias sobre a fotografia do pensamento s\u00e3o conhecidas de todos, comunicou \u00e0 La Revue Scientifique et Morale du Spiritisme (1913, p\u00e1g. 304) o seguinte epis\u00f3dio por ele mesmo verificado, durante o ver\u00e3o de 1913. Escreveu ele:<\/p>\n
\u201cEstando de visita a V\u00e9retz (Indreet-Loire), vi um mo\u00e7o maneta (bra\u00e7o direito), chamado Sicos, passar diante de casa. Alguns dias depois encontrei-me com a sua m\u00e3e, que me relatou o acidente de seu filho, cujo bra\u00e7o fora esmagado por uma engrenagem.<\/p>\n
\u201cO que de mais estranho h\u00e1 \u2013 disse-me ela \u2013 \u00e9 que meu filho sente a presen\u00e7a de seu bra\u00e7o que falta, cujos dedos, afirma, pode mover \u00e0 vontade.\u201d<\/p>\n
Eu lhe disse ent\u00e3o: \u201cDiga a seu filho que ele estenda seu bra\u00e7o faltante sobre a chama de uma vela, de modo que a chama o percorra desde o ombro at\u00e9 a ponta dos dedos e talvez ele venha a sentir a queimadura.\u201d<\/p>\n
Dois dias depois ouvi o mo\u00e7o chamar-me na rua para me dizer o seguinte: \u201cAh!, o senhor me pregou uma boa pe\u00e7a e me fez queimar os dedos.\u201d<\/p>\n
Ent\u00e3o me explicou que estendera seu bra\u00e7o ausente sobre a chama da vela, fazendo com que ela o percorresse at\u00e9 a ponta dos dedos, e que somente neles havia sentido a queimadura, ao passo que no bra\u00e7o nada experimentara.<\/p>\n
Ainda me disse que podia torcer o bra\u00e7o ausente \u00e0 vontade, mas n\u00e3o completamente e s\u00f3 em \u00e2ngulo reto, cuja figura me fez com o bra\u00e7o existente.<\/p>\n
Fui ent\u00e3o \u00e0 sua casa, vendei-lhe os olhos e, agindo sobre o seu bra\u00e7o, ora percorrendo-o com a chama de uma vela, ora passando sobre ele a minha m\u00e3o, convenci-me de que me havia dito a verdade.<\/p>\n
Bem sei que a medicina j\u00e1 observou casos semelhantes, mas os atribuiu a uma causa diversa da presen\u00e7a do perisp\u00edrito, no qual ela n\u00e3o acredita…\u201d<\/p>\n
A narra\u00e7\u00e3o foi subscrita pelo pr\u00f3prio mutilado, Fernando Sicos, com a assinatura reconhecida pelo secret\u00e1rio da Prefeitura, Sr. Gaucher, que lhe ap\u00f4s o selo da reparti\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Noto que, no caso exposto, h\u00e1 uma circunst\u00e2ncia que exclui toda possibilidade de auto-sugest\u00e3o nas sensa\u00e7\u00f5es experimentadas pelo amputado: \u00e9 a em que Sicos afirma n\u00e3o ter experimentado sensa\u00e7\u00e3o alguma no bra\u00e7o flu\u00eddico inteiro exposto \u00e0 chama, mas ter ressentido de repente a dor que produz uma queimadura, quando a chama chegava onde deveriam achar-se os dedos da m\u00e3o ausente. Certo de impress\u00e3o dolorosa consecutiva de um fen\u00f4meno de auto-sugest\u00e3o, ele deveria experimentar a queimadura em qualquer lugar do bra\u00e7o submetido \u00e0 chama e n\u00e3o exclusivamente nos dedos.<\/p>\n
Eliminada a hip\u00f3tese da auto-sugest\u00e3o, cai igualmente a hip\u00f3tese perif\u00e9rica, formulada pelos fisi\u00f3logos para explicar, de qualquer maneira, o estranho fen\u00f4meno. E a hip\u00f3tese da persist\u00eancia tempor\u00e1ria de um bra\u00e7o flu\u00eddico em tais circunst\u00e2ncias parece a mais leg\u00edtima para explicar os fatos chamados \u201csensa\u00e7\u00f5es de integridade nos amputados\u201d.<\/p>\n
Fonte: Fen\u00f3menos de Biloca\u00e7\u00e3o – Ernesto Bozzano<\/strong><\/em><\/p>\n <\/p>\n
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Caso 1 \u2013 A hip\u00f3tese perif\u00e9rica parece ainda menos sustent\u00e1vel em face do caso que se segue, no qual um amputado percebe sensa\u00e7\u00f5es de dor em membro inexistente. O Comandante Darget, cujas experi\u00eancias sobre a fotografia do pensamento s\u00e3o conhecidas de todos, comunicou \u00e0 La Revue Scientifique et Morale du Spiritisme (1913, p\u00e1g. 304) o…<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[1],"tags":[180,181],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3307"}],"collection":[{"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=3307"}],"version-history":[{"count":2,"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3307\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":3310,"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3307\/revisions\/3310"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=3307"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=3307"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=3307"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}