–<\/span><\/p>\n\u00abO pseud\u00f3nimo “Allan Kardec”, segundo biografias, foi adotado pelo Prof. Rivail a fim de diferenciar a Codifica\u00e7\u00e3o Esp\u00edrita dos seus trabalhos pedag\u00f3gicos anteriores.<\/p>\n
Segundo algumas fontes, o pseud\u00f3nimo foi escolhido pois um esp\u00edrito revelou-lhe que haviam vivido juntos entre os druidas, na G\u00e1lia, e que ent\u00e3o o Codificador se chamava “Allan Kardec”.<\/p>\n
No 4\u00ba Congresso Mundial em Paris (2004), o m\u00e9dium brasileiro Divaldo Pereira Franco psicografou uma mensagem atribu\u00edda ao esp\u00edrito de Le\u00f3n Denis, em franc\u00eas (invertida), declarando que Allan Kardec fora a reencarna\u00e7\u00e3o de Jan Hus, um reformador religioso do s\u00e9culo XV.<\/p>\n
Esta informa\u00e7\u00e3o j\u00e1 foi dada em diversas fontes diferentes, o que est\u00e1 de acordo com o Controlo Universal do Ensino dos Esp\u00edritos, que Kardec definiu da seguinte forma: “uma s\u00f3 garantia s\u00e9ria existe para o ensino dos Esp\u00edritos – a concord\u00e2ncia que haja entre as revela\u00e7\u00f5es que eles fa\u00e7am espontaneamente, servindo-se de grande n\u00famero de m\u00e9diuns estranhos uns aos outros e em v\u00e1rios lugares.”<\/p>\n
[\u2026] Nascido numa antiga fam\u00edlia de orienta\u00e7\u00e3o cat\u00f3lica com tradi\u00e7\u00e3o na magistratura e na advocacia, desde cedo manifestou propens\u00e3o para o estudo das ci\u00eancias e da filosofia.<\/p>\n
Fez os seus estudos na Escola de Pestalozzi, no Castelo de Zahringenem, em Yverdon-les-Bains, na Su\u00ed\u00e7a (pa\u00eds protestante), tornando-se um dos seus mais distintos disc\u00edpulos e ativo propagador de seu m\u00e9todo, que t\u00e3o grande influ\u00eancia teve na reforma do ensino na Fran\u00e7a e na Alemanha. Aos catorze anos de idade j\u00e1 ensinava aos seus colegas menos adiantados, criando cursos gratuitos para os mesmos. Aos dezoito, bacharelou-se em Ci\u00eancias e Letras.<\/p>\n
Conclu\u00eddos os seus estudos, o jovem Rivail retornou ao seu pa\u00eds natal. Profundo conhecedor da l\u00edngua alem\u00e3, traduzia para este idioma diferentes obras de educa\u00e7\u00e3o e de moral, com destaque para as obras de Fran\u00e7ois F\u00e9nelon, pelas quais manifestava particular atra\u00e7\u00e3o. Conhecia a fundo os idiomas franc\u00eas, alem\u00e3o, ingl\u00eas e holand\u00eas, al\u00e9m de dominar perfeitamente os idiomas italiano e espanhol.<\/p>\n
Era membro de diversas sociedades, entre as quais da Academia Real de Arras, que, em concurso promovido em 1831, premiou-lhe uma mem\u00f3ria com o tema “Qual o sistema de estudos mais de harmonia com as necessidades da \u00e9poca?”.<\/p>\n
A 6 de Fevereiro de 1832 desposou Am\u00e9lie Gabrielle Boudet. Em 1824, retornou a Paris e publicou um plano para aperfei\u00e7oamento do ensino p\u00fablico. Ap\u00f3s o ano de 1834, passou a lecionar, publicando diversas obras sobre educa\u00e7\u00e3o, e tornou-se membro da Real Academia de Ci\u00eancias Naturais.<\/p>\n
Como pedagogo, o jovem Rivail dedicou-se \u00e0 luta para uma maior democratiza\u00e7\u00e3o do ensino p\u00fablico. Entre 1835 e 1840, manteve em sua resid\u00eancia, \u00e0 rua de S\u00e8vres, cursos gratuitos de Qu\u00edmica, F\u00edsica, Anatomia comparada, Astronomia e outros.<\/p>\n
Nesse per\u00edodo, preocupado com a did\u00e1tica, criou um engenhoso m\u00e9todo de ensinar a contar e um quadro mnem\u00f3nico da Hist\u00f3ria de Fran\u00e7a, visando facilitar ao estudante memorizar as datas dos acontecimentos de maior express\u00e3o e as descobertas de cada reinado do pa\u00eds.<\/p>\n
As mat\u00e9rias que lecionou como pedagogo s\u00e3o: Qu\u00edmica, Matem\u00e1tica, Astronomia, F\u00edsica, Fisiologia, Ret\u00f3rica, Anatomia Comparada e Franc\u00eas.<\/p>\n
[\u2026] Conforme o seu pr\u00f3prio depoimento, publicado em Obras P\u00f3stumas, foi em 1854 que o Prof. Rivail ouviu falar pela primeira vez do fen\u00f3meno das “mesas girantes”, bastante difundido \u00e0 \u00e9poca, atrav\u00e9s do seu amigo Fortier, um magnetizador de longa data. Sem dar muita aten\u00e7\u00e3o ao relato naquele momento, atribuindo-o somente ao chamado magnetismo animal de que era estudioso, s\u00f3 em maio de 1855 sua curiosidade se voltou efetivamente para as mesas, quando come\u00e7ou a frequentar reuni\u00f5es em que tais fen\u00f3menos se produziam.<\/p>\n
Durante este per\u00edodo, tamb\u00e9m tomou conhecimento do fen\u00f3meno da escrita medi\u00fanica – ou psicografia, e assim passou a se comunicar com os esp\u00edritos. Um desses esp\u00edritos, conhecido como um “esp\u00edrito familiar”, passa a orientar os seus trabalhos. Mais tarde, este esp\u00edrito iria lhe informar que j\u00e1 o conhecia no tempo das G\u00e1lias, com o nome de Allan Kardec.<\/p>\n
Assim, Rivail passa a adotar este pseud\u00f3nimo, sob o qual publicou as obras que sintetizam as leis da Doutrina Esp\u00edrita.<\/p>\n
Convencendo-se de que o movimento e as respostas complexas das mesas se deviam \u00e0 interven\u00e7\u00e3o de esp\u00edritos, Kardec dedicou-se \u00e0 estrutura\u00e7\u00e3o de uma proposta de compreens\u00e3o da realidade baseada na necessidade de integra\u00e7\u00e3o entre os conhecimentos cient\u00edfico, filos\u00f3fico e moral, com o objetivo de lan\u00e7ar sobre o real um olhar que n\u00e3o negligenciasse nem o imperativo da investiga\u00e7\u00e3o emp\u00edrica na constru\u00e7\u00e3o do conhecimento, nem a dimens\u00e3o espiritual e interior do Homem.<\/p>\n
Tendo iniciado a publica\u00e7\u00e3o das obras da Codifica\u00e7\u00e3o em 18 de Abril de 1857, quando veio \u00e0 luz O Livro dos Esp\u00edritos, considerado como o marco de funda\u00e7\u00e3o do Espiritismo, ap\u00f3s o lan\u00e7amento da Revista Esp\u00edrita (1 de janeiro de 1858), fundou, nesse mesmo ano, a primeira sociedade esp\u00edrita regularmente constitu\u00edda, com o nome de Sociedade Parisiense de Estudos Esp\u00edritas.<\/p>\n
[\u2026] Kardec passou os anos finais da sua vida dedicado \u00e0 divulga\u00e7\u00e3o do Espiritismo entre os diversos simpatizantes, e defend\u00ea-lo dos opositores atrav\u00e9s da Revista Esp\u00edrita ou Jornal de Estudos Psicol\u00f3gicos.<\/p>\n
Faleceu em Paris, a 31 de mar\u00e7o de 1869, aos 64 anos (65 anos incompletos) de idade, em decorr\u00eancia da ruptura de um aneurisma, quando trabalhava numa obra sobre as rela\u00e7\u00f5es entre o Magnetismo e o Espiritismo, ao mesmo tempo em que se preparava para uma mudan\u00e7a de local de trabalho.<\/p>\n
Est\u00e1 sepultado no Cemit\u00e9rio do P\u00e8re-Lachaise, uma c\u00e9lebre necr\u00f3pole da capital francesa. Junto ao t\u00famulo, erguido como os d\u00f3lmenes dru\u00eddicos,<\/p>\n
Acima de sua tumba, seu lema:<\/p>\n
“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal \u00e9 a lei”<\/em><\/p>\n\u00a0http:\/\/pt.wikipedia.org\/wiki\/Allan_Kardec<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"Hippolyte L\u00e9on Denizard Rivail (Lyon, 3 de outubro de 1804 \u2014 Paris, 31 de mar\u00e7o de 1869) foi educador, escritor e tradutor franc\u00eas. Sob o pseud\u00f3nimo de Allan Kardec notabilizou-se como o codificador do espiritismo (neologismo por ele criado), tamb\u00e9m denominado de Doutrina Esp\u00edrita. – \u00abO pseud\u00f3nimo “Allan Kardec”, segundo biografias, foi adotado pelo Prof.…<\/p>\n","protected":false},"author":6,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[1],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2884"}],"collection":[{"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/users\/6"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2884"}],"version-history":[{"count":11,"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2884\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":2895,"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2884\/revisions\/2895"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2884"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2884"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2884"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}