Tempos vir\u00e3o em que a intelig\u00eancia h\u00e1 de predominar cada vez mais, desembara\u00e7ando-se da cris\u00e1lida carnal, estendendo, afirmando o seu dom\u00ednio sobre a mat\u00e9ria, criando com os seus esfor\u00e7os meios novos e mais amplos de percep\u00e7\u00e3o e manifesta\u00e7\u00e3o. Apurando-se, por sua vez, os sentidos, ver\u00e3o eles ampliar-se-lhes o c\u00edrculo de a\u00e7\u00e3o. O c\u00e9rebro humano tornar-se-\u00e1 um como templo misterioso, de vastas e profundas naves, cheias de harmonias, vozes e perfumes, instrumento admir\u00e1vel ao servi\u00e7o de um esp\u00edrito que se tornou mais sutil e poderoso. Ao mesmo tempo que a personalidade humana, alma e organismo, a p\u00e1tria terrestre se transformar\u00e1. Para que se opere a evolu\u00e7\u00e3o do meio \u00e9 preciso que primeiramente se efetue a evolu\u00e7\u00e3o do indiv\u00edduo. \u00c9 o homem que faz a Humanidade, e a Humanidade, por sua a\u00e7\u00e3o constante, transforma a sua morada. H\u00e1 equil\u00edbrio absoluto e rela\u00e7\u00e3o \u00edntima entre o moral e o f\u00edsico. O pensamento e a vontade s\u00e3o a ferramenta por excel\u00eancia, com a qual tudo podemos transformar em n\u00f3s e \u00e0 roda de n\u00f3s. Tenhamos somente pensamentos elevados e puros; aspiremos a tudo o que \u00e9 grande, nobre e belo. Pouco a pouco sentiremos regenerar-se o nosso pr\u00f3prio ser, e com ele, do mesmo modo, todas as camados sociais, o globo e a Humanidade!<\/p>\n

E, em nossa ascens\u00e3o, chegaremos a compreender e praticar melhor a comunh\u00e3o universal que une todos os seres. Inconsciente nos estados inferiores da exist\u00eancia, essa comunh\u00e3o torna-se cada vez mais consciente, \u00e0 medida que o ser se eleva e percorre os graus inumer\u00e1veis da evolu\u00e7\u00e3o, para chegar, um dia, ao estado de espiritualidade em que cada alma, irradiando o brilho das pot\u00eancias adquiridas nos impulsos do seu amor, viva a vida de todos e a todos se sente unida na Obra Eterna Infinita.<\/p>\n

O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Parte 1, Cap. 6 \u2013 Le\u00f3n Denis<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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