\u00abMas, voltemos aos nossos prop\u00f3sitos, cumprindo-nos reconhecer nos Evangelhos uma luz maravilhosa e divina, que o escoar incessante dos s\u00e9culos s\u00f3 tem podido avivar e reacender. \u00c9 que eles guardam a s\u00famula de todos os comp\u00eandios de paz e de verdade para a vida dos homens, constituindo o roteiro de luz e de amor, atrav\u00e9s do qual todas as almas podem ascender \u00e0s luminosas montanhas da sabedoria dos C\u00e9us [\u2026]<\/p>\n

\u00abOs Esp\u00edritos encarnados n\u00e3o conseguiram a elimina\u00e7\u00e3o dos la\u00e7os odiosos da vaidade e da ambi\u00e7\u00e3o, sentindo-se tra\u00eddos em suas energias mais profundas, contraindo d\u00e9bitos penosos, perante os tribunais da Justi\u00e7a Divina.<\/p>\n

<\/a><\/p>\n

\u00abA vinda do Cristo ao cen\u00e1culo obscuro do planeta, trazendo a mensagem luminosa da verdade e do amor, assinalara o per\u00edodo da maioridade espiritual da Humanidade.<\/p>\n

\u00abEssa maioridade implicava direitos que, por sua vez, se fariam acompanhar do agravo de responsabilidades e deveres para a solu\u00e7\u00e3o de grandes problemas educativos do cora\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

\u00abSe ao homem f\u00edsico rasgavam-se os mais amplos horizontes nos dom\u00ednios do progresso material, os Evangelhos vinham trazer ao homem espiritual um roteiro de novas atividades, educando-o convenientemente para as suas arrojadas conquistas de ci\u00eancia e de liberdade, com vistas ao porvir [\u2026]<\/p>\n

\u00abAo cora\u00e7\u00e3o misericordioso de Jesus chegam as preces dolorosas de todos os oper\u00e1rios da sua bendita semeadura. Seu olhar percuciente, todavia, penetrara o \u00e2mago das almas e n\u00e3o fora em v\u00e3o que recomendara o crescimento do trigo e do joio nas mesmas leiras, somente a Ele competindo a separa\u00e7\u00e3o, na \u00e9poca da ceifa.<\/p>\n

\u00abA limitada liberdade de a\u00e7\u00e3o dos indiv\u00edduos e das coletividades \u00e9 integralmente respeitada Cada qual \u00e9 respons\u00e1vel pelos seus atos, recebendo de conformidade com as suas obras [\u2026]<\/p>\n

\u00abA bondade do Mestre fez florescer cidades valorosas e progressistas, pa\u00edses cultos e fartos, onde as almas deca\u00eddas encontrassem todos os elementos de edifica\u00e7\u00e3o e aprimoramento [\u2026] mas o sangue dos crist\u00e3os era a seiva da vida lan\u00e7ada \u00e0s divinas sementes do Cordeiro, e os seus sacrif\u00edcios foram bem os reflexos da amorosa vibra\u00e7\u00e3o do ensinamento do Cristo, atravessando os s\u00e9culos da Terra para ser compreendido e praticado nos mil\u00eanios do porvir.<\/p>\n

\u00abA doutrina crist\u00e3, todavia, encontrara nas persegui\u00e7\u00f5es os seus melhores recursos de propaganda e de expans\u00e3o.<\/p>\n

\u00abSeus princ\u00edpios generosos encontravam guarida em todos os cora\u00e7\u00f5es, seduzindo a consci\u00eancia de todos os estudiosos de alma livre e sincera\u00a0 [\u2026] \u00a0levanta-se um verdadeiro ex\u00e9rcito de vozes que advogam a causa da verdade e da justi\u00e7a, da reden\u00e7\u00e3o e do amor.<\/p>\n

\u00abOs crist\u00e3os, contudo, n\u00e3o tiveram de in\u00edcio uma vis\u00e3o do campo de trabalho que se lhes apresentava. N\u00e3o atinaram que, se o jejum e a ora\u00e7\u00e3o constituem uma grande virtude na soledade, mais elevada virtude representam quando levados a efeito no torvelinho das paix\u00f5es desenfreadas, nas lutas regeneradoras, a fim de aproveitar aos que os contemplam.<\/p>\n

\u00abN\u00e3o compreenderam imediatamente que esses preceitos evang\u00e9licos, acima de tudo, significam sacrif\u00edcio pelo pr\u00f3ximo, perseveran\u00e7a no esfor\u00e7o redentor, serenidade no trabalho ativo, que corrige e edifica simultaneamente.<\/p>\n

\u00abRetirando-se para a vida mon\u00e1stica, povoaram os desertos na suposi\u00e7\u00e3o de que se redimiriam mais rapidamente para o Cordeiro [\u2026]<\/p>\n

\u00abEntretanto, examinando essa decis\u00e3o desaconselh\u00e1vel dos primeiros tempos, somos levados a recordar que os crist\u00e3os se haviam esquecido de que Jesus n\u00e3o desejava a morte do pecador\u00bb<\/p>\n

<\/a> Francisco C. Xavier – Emmanuel<\/em><\/strong>, A CAMINHO DA LUZ<\/span>, pp. 129-136<\/em><\/strong><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

\u00abMas, voltemos aos nossos prop\u00f3sitos, cumprindo-nos reconhecer nos Evangelhos uma luz maravilhosa e divina, que o escoar incessante dos s\u00e9culos s\u00f3 tem podido avivar e reacender. \u00c9 que eles guardam a s\u00famula de todos os comp\u00eandios de paz e de verdade para a vida dos homens, constituindo o roteiro de luz e de amor, atrav\u00e9s…<\/p>\n","protected":false},"author":6,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[1],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1216"}],"collection":[{"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/users\/6"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1216"}],"version-history":[{"count":5,"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1216\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":1222,"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1216\/revisions\/1222"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1216"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1216"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/aela.pt\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1216"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}